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Diferença entre um endividado e um inadimplente, especialista esclarece razões e consequência para cada um dos cenários

Autor: Bianca Lodi Rieg

Você sabe qual é a diferença entre estar endividado e ser inadimplente? Enquanto ambos os termos envolvem questões financeiras, suas implicações e consequências variam significativamente.

De acordo com o último Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas, divulgado em março pelo Serasa, mais de 72 milhões de brasileiros estão em situação de inadimplência e renegociação de dívidas. Os dados revelam que pessoas entre 41 e 60 anos representam a maior parcela da população com nome restrito, seguidas pelas faixas etárias de 26 a 40 anos, acima de 60 anos e jovens entre 18 e 25 anos.

Vinícius Ramello, professor do curso de Administração da Faculdade Anhanguera, destaca a diferença entre esses termos. "Uma pessoa endividada é aquela que possui dívidas, como empréstimos ou financiamentos, mas está pagando as parcelas regularmente, enquanto uma pessoa inadimplente é aquela que deixa de cumprir com suas obrigações financeiras, não pagando suas dívidas dentro do prazo estipulado", explica.

Ramello alerta para as consequências da inadimplência, que podem incluir cobrança judicial, restrição de crédito no mercado e dificuldade de acesso a novos créditos. Ele também aponta algumas razões comuns para o endividamento, como gastos excessivos, falta de planejamento financeiro e mudanças na situação de emprego ou renda. “Já a inadimplência ocorre quando há o desequilibro entre receita e despesa, a falta de controle dos gastos, doenças inesperadas ou até mesmo a má gestão do crédito dos brasileiros”.

Além das implicações financeiras, o professor ressalta os impactos emocionais do endividamento, como estresse, ansiedade e insônia, que podem afetar o bem-estar da pessoa. “Muita gente não dorme à noite por ter contraído dívidas, preocupado com a quantidade de pagamentos pendentes, assim como o sentimento de estar preso a um ciclo de débitos sem fim. Por isso, hoje em dia são muito importantes a educação financeira e o controle de gastos como medidas preventivas para evitar problemas financeiros mais graves e vulnerabilidades emocionais”.

"Para evitar o endividamento e a inadimplência, é essencial criar um orçamento, controlar os gastos e avaliar a necessidade de usar o crédito. Em caso de dificuldades financeiras, buscar ajuda profissional com consultorias pode ser uma opção para evitar problemas futuros mais graves", conclui Ramello.